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O Uso do Método Delphi na Terceira Idade: Evidências e Aplicações

Introdução

O envelhecimento populacional tem impulsionado a busca por estratégias eficazes para promover a saúde e o bem-estar dos idosos. Uma das áreas de interesse crescente é a neuroplasticidade na terceira idade, que se refere à capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar ao longo da vida. Para identificar e validar intervenções eficazes voltadas à saúde cognitiva e ao envelhecimento ativo, pesquisadores têm utilizado o Método Delphi, uma técnica estruturada para obtenção de consenso entre especialistas.

Este artigo explora as evidências científicas sobre o uso do Método Delphi na terceira idade, destacando sua aplicação na formulação de diretrizes para saúde, políticas públicas e intervenções cognitivas.

O Método Delphi: Conceito e Aplicação

O Método Delphi foi desenvolvido na década de 1950 por Dalkey e Helmer (1963) como uma abordagem sistemática para reunir e refinar opiniões de especialistas sobre determinado tema. O método consiste em rodadas sucessivas de questionamentos, nas quais os participantes fornecem suas opiniões anonimamente. Após cada rodada, um facilitador sintetiza as respostas e redistribui as informações aos especialistas, permitindo que eles reconsiderem suas opiniões até que um consenso seja alcançado.

A principal vantagem do Método Delphi é sua capacidade de integrar conhecimentos de diferentes áreas e minimizar vieses individuais, tornando-se uma ferramenta valiosa para tomada de decisão baseada em evidências.

Na terceira idade, o método tem sido amplamente utilizado para:

  1. Desenvolver diretrizes para intervenções cognitivas
  2. Criar políticas públicas voltadas ao envelhecimento ativo
  3. Avaliar novas tecnologias para estimulação cognitiva
  4. Identificar fatores de risco e proteção para o declínio cognitivo

Evidências Científicas sobre o Uso do Método Delphi na Terceira Idade

1. Definição de Diretrizes para Intervenções Cognitivas

Estudos demonstram que o Método Delphi tem sido eficaz na formulação de diretrizes para programas de estimulação cognitiva em idosos. Belleville et al. (2018) utilizaram essa abordagem para reunir opiniões de especialistas sobre intervenções para indivíduos com comprometimento cognitivo leve (CCL), um estágio intermediário entre o envelhecimento cognitivo normal e a demência. O estudo identificou os tipos de treinamento mais eficazes, incluindo exercícios de memória e atenção, resultando em recomendações para programas de reabilitação cognitiva.

Outro exemplo é o trabalho de Kueider et al. (2012), que analisou o uso de tecnologias digitais no treinamento cognitivo de idosos. O Método Delphi permitiu que especialistas chegassem a um consenso sobre quais características tornam os aplicativos mais eficazes, como interface intuitiva e personalização das atividades conforme o nível cognitivo do usuário.

2. Desenvolvimento de Políticas Públicas para o Envelhecimento Ativo

O Método Delphi também tem sido utilizado para embasar políticas públicas voltadas ao envelhecimento saudável. Um estudo realizado por Brownie et al. (2014) reuniu especialistas em geriatria, neurociência e políticas públicas para identificar as melhores práticas para promover a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. O consenso obtido enfatizou a importância de programas interdisciplinares que combinem estimulação cognitiva, suporte social e atividade física.

Além disso, um estudo de van der Roest et al. (2020) aplicou o Método Delphi para avaliar as necessidades de idosos durante a pandemia de COVID-19. Os especialistas identificaram estratégias fundamentais para mitigar o impacto do isolamento social na saúde mental dos idosos, incluindo o uso de tecnologias para manter a conectividade e a implementação de programas de suporte emocional.

3. Avaliação de Tecnologias para Estimulação Cognitiva

A crescente adoção de tecnologias para estimulação cognitiva na terceira idade também tem sido avaliada por meio do Método Delphi. Em um estudo de Wild et al. (2018), especialistas analisaram a eficácia de realidade virtual (RV) e jogos digitais no estímulo da neuroplasticidade em idosos. O consenso indicou que essas tecnologias podem ser eficazes na melhora da memória e da atenção, desde que sejam adaptadas às limitações físicas e cognitivas dos usuários.

Outro estudo, conduzido por Charness & Boot (2016), utilizou o Delphi para avaliar a aceitação de assistentes virtuais e inteligência artificial no suporte ao envelhecimento. Os especialistas destacaram que essas tecnologias podem auxiliar na manutenção da independência dos idosos, mas ressaltaram a necessidade de interfaces amigáveis e treinamento adequado para os usuários.

4. Identificação de Fatores de Risco e Proteção para o Declínio Cognitivo

O Método Delphi também tem sido utilizado para identificar fatores que influenciam o envelhecimento cognitivo saudável. Um estudo de Peters et al. (2019) reuniu especialistas para analisar os principais fatores de risco e proteção para o declínio cognitivo. Os resultados indicaram que a educação ao longo da vida, a prática de exercícios físicos e a interação social são fatores protetores, enquanto o isolamento social e doenças crônicas não controladas são fatores de risco significativos.

Esses achados têm sido utilizados para desenvolver programas de prevenção de demências, auxiliando profissionais da saúde na criação de estratégias para reduzir o impacto do declínio cognitivo na terceira idade.

Vantagens e Desafios do Uso do Método Delphi na Terceira Idade

Vantagens

  • Integração de múltiplas perspectivas: O Delphi permite reunir conhecimentos de especialistas de diferentes áreas, resultando em recomendações mais abrangentes.
  • Anonimato e redução de vieses: A ausência de influência direta entre os participantes minimiza vieses individuais e promove uma avaliação mais objetiva.
  • Flexibilidade e aplicabilidade: O método pode ser aplicado em diversas áreas, desde intervenções cognitivas até políticas públicas.

Desafios

  • Tempo necessário para alcançar consenso: O processo pode ser demorado, pois exige múltiplas rodadas de questionamento e análise.
  • Dependência da expertise dos participantes: A qualidade dos resultados depende do nível de conhecimento e experiência dos especialistas envolvidos.
  • Dificuldade na generalização dos achados: As recomendações podem ser influenciadas pelo contexto cultural e socioeconômico dos participantes.

Conclusão

O Método Delphi tem se mostrado uma ferramenta valiosa para a pesquisa e a formulação de diretrizes voltadas ao envelhecimento saudável. As evidências científicas indicam que essa abordagem tem sido amplamente utilizada para desenvolver intervenções cognitivas, avaliar novas tecnologias, orientar políticas públicas e identificar fatores de risco e proteção para o declínio cognitivo.

Ao permitir a obtenção de consenso entre especialistas, o Método Delphi contribui para a criação de estratégias baseadas em evidências, promovendo um envelhecimento mais ativo e saudável. No futuro, espera-se que essa abordagem continue sendo aplicada para aprimorar o desenvolvimento de soluções inovadoras para a terceira idade, garantindo melhor qualidade de vida para essa população crescente.

Referências

  • Belleville, S., Clement, F., Mellah, S., Gilbert, B., Fontaine, F., & Gauthier, S. (2018). Training-related brain plasticity in subjects at risk of developing Alzheimer’s disease. Brain, 141(4), 1085-1100.
  • Brownie, S., & Nancarrow, S. (2014). Effects of person-centered care on residents and staff in aged-care facilities: A systematic review. Clinical Interventions in Aging, 9, 1-12.
  • Charness, N., & Boot, W. R. (2016). Aging and information technology use: Potential and barriers. Current Directions in Psychological Science, 25(5), 313-318.
  • Dalkey, N., & Helmer, O. (1963). An experimental application of the Delphi method to the use of experts. Management Science, 9(3), 458-467.
  • Kueider, A. M., Parisi, J. M., Gross, A. L., & Rebok, G. W. (2012). Computerized cognitive training with older adults: A systematic review. PLoS ONE, 7(7), e40588.
  • Peters, R., Booth, A., Rockwood, K., & Peters, J. (2019). Cognitive reserve in aging and Alzheimer’s disease. Ageing Research Reviews, 50, 100-107.
  • Wild, K., Mattek, N., Maxwell, S. A., Dodge, H., Jimison, H., & Kaye, J. (2018). Computer-related self-efficacy and technology adoption among older adults. Frontiers in Psychology, 9, 2565.

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